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Publicado em 16/08/2018

Lava Jato: ex-presidente do Banco Prosper é preso em operação da PF (Band)

O ex-presidente do Banco Prosper, Edson Figueiredo Menezes, foi preso preventivamente pela Polícia Federal, nesta manhã, em mais um desdobramento da Lava Jato no Rio.

Os agentes estiveram no apartamento dele no Leblon, Zona Sul, onde também cumpriram um dos seis mandados de busca e apreensão, todos em endereços ligados à Edson.

Batizada de Operação Golias, já que o investigado era conhecido como "Gigante" pelos membros da organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral, a ação apura a contratação do Prosper no processo de leilão do Banco do Estado do Rio mediante o pagamento de ao menos seis milhões de reais em propina.

Em colaboração premiada, Carlos Miranda, operador financeira de Cabral contou ao Ministério Público Federal que além dele e do ex-governador, os valores também eram destinados a aos ex-secretários de governo e da casa Civil, Wilson Carlos e Régis Fichtner.

Entre 2008 e 2009, Edson Menezes pagou cerca de um milhão e duzentos em espécie para a quadrilha. O restante, por causa de dificuldades financeiras que o Prosper enfrentava, foi quitado por meio de vinhos importados avaliados em mil dólares, que eram armazenados na adega de Cabral em uma mansão de luxo em Mangaratiba, na Costa Verde Fluminense.

Segundo o MPF, em 2006, o governo do Rio de Janeiro contratou a Fundação Getúlio Vargas para prestar um serviço de consultoria independente para fixar o preço mínimo da alienação das ações do BERJ. Ao mesmo tempo, a FGV Projetos foi contratada para realizar os estudos de precificação da folha de pagamento dos servidores estaduais. Ao final do processo, em 2011, foi identificado o pagamento de R$ 3,12 milhões pela FGV ao Prosper a título de prestação de serviços.

De acordo com os procuradores da República a contratação da FGV foi feita para encobrir o verdadeiro contratado, o Banco Prosper.

Os investigadores ainda encontraram registros no sistema Bankdrop, revelado na Operação Câmbio, Desligo, de pelo menos cinco operações de dólar-cabo e lavagem de capitais de uma offshore de Edson Menezes junto aos irmãos Chebar, operadores financeiros de Cabral.

As investigações também revelaram que Edson Menezes mantém relação de amizade próxima com Carlos Nuzman, denunciado na Operação Unfair Play, e que integrou o Conselho da Riopar Participações - grupo responsável pelo Bilhete Único - ao lado de Marcelo Traça, Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, todos denunciados na Operação Ponto Final.

Em nota a FGV afirma que contratou o Prosper pois precisava de uma instituição financeira para assessorar na negociação com a CVM e a Bolsa de Valores, ja que o Banco tinha experiencia no Mercado de Capitais, e porque a instituição aceitou um contrato de risco, em que só receberia o honorário se houvesse êxito na venda do Berj.

A fundação ainda aponta que não recebeu remuneração adicional pela avaliação e inclusão da folha de pagamentos dos funcionários do estado e que também não remunerou o Prosper por essa atividade. No comunicado a FGV ainda garante não ter conhecimento de nenhuma irregularidade no leilão, vencido de forma lícita pelo Bradesco, em 2011.

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