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Publicado em 19/11/2020

Pix trará oportunidades a fintechs (Diário do Comércio - RS)

Após duas semanas em fase de teste, o PIX, novo meio de pagamentos criado pelo Banco Central (BC), entrou em operação plena ontem. Além de trazer economia e comodidade para clientes, o sistema de pagamento instantâneo trará também oportunidades no mercado financeiro. Segundo o BC, cerca de 50 milhões de pessoas já se cadastraram para utilizar o novo serviço.

Para as fintechs, empresas que utilizam a tecnologia para inovar e aperfeiçoar serviços do sistema financeiro, o PIX é mais uma forma de buscar um lugar ao sol ao lado dos  grandes bancos e instituições financeiras. Segundo a ABFintechs, no Brasil, existem atualmente cerca de 800 fintechs, sendo que 300 atuam no segmento de pagamentos.

“A mesma tecnologia de instantaneidade nos pagamentos disponíveis para um grande conglomerado financeiro também estará disponível para uma fintech com poucos anos de vida”, afirma Diego Perez, diretor-executivo da ABFintechs e cofundador da SMU investimentos.

Segundo o CEO do Inovebanco, Patrick Burnett, o PIX vem para aumentar a democratização dos meios de pagamento. “É benéfico para toda a cadeia. Vai baratear o custo das transações e tem papel importante de inclusão socioeconômica”, afirma.

No Brasil existem cerca de 45 milhões de desbancarizados e, com a simplificação e o barateamento dos serviços, surgem inúmeras oportunidades.

O novo serviço de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central abre portas também para a criação e oferta de novos serviços, afirmam os especialistas. “Acredito que surgirão oportunidades de novos produtos, de novos modelos de negócio”, diz Ingrid Barth, cofundadora e COO da Linker, uma conta digital PJ voltada para as necessidades de pequenos e médios empreendedores.

A empresária conta que as fintechs não precisarão atuar somente na oferta do PIX, mas também no desenvolvimento de tecnologias para outros players que desejem ofertar serviços de pagamento instantâneo.

“O mercado está bastante animado com o PIX. Esse é o primeiro passo, mas no futuro  esperamos poder ter novos produtos baseados no PIX, como o crédito parcelado, por exemplo”, acrescenta Ingrid Barth.

Geração de receitas – Para o diretor-executivo da ABFintechs, a maior oportunidade para as fintechs que irão oferecer o PIX é atrelar ao serviço outros produtos de interesse de seus clientes.

“O PIX pode gerar receitas adicionais para quem o opera porque as fintechs e outras instituições poderão oferecer serviços adicionais cujo PIX seja o principal atrativo. Quando você oferece um pagamento instantâneo, você atrai interesse de usuários que querem transacionar no seu serviço”, explica Diego Perez.

“Todos os players que têm o PIX integrado, em tese, não vão cobrar taxas. Então quaisquer diferenciais que você inclua no seu serviço para atrair usuário podem ser colocados como uma fonte de receita adicional”, complementa Diego.

Para o diretor de negócios digitais da Sinqia, Edson Fonseca, as fintechs que irão se destacar no futuro serão aquelas que entenderem que são mais do que um banco. “As fintechs que vão se dar bem são as que entenderem que o caminho natural é se tornar mais do que um banco e abrir seu leques de serviços e parcerias. E o PIX ajuda nisso, ele simplifica as transações”, comenta.

É comum que produtos e tecnologias novas gerem resistência e desconfiança por parte das pessoas e até mesmo de empresários. Por ser um serviço digital e simplificado, o PIX gera dúvidas com relação à segurança e proteção contra fraudes bancárias.

“Nos preocupamos com prejuízos que fraudes podem gerar. Por isso, investimos muito em mecanismos de prevenção. Contratamos, inclusive, mais pessoas para a área de compliance da nossa empresa”, relata o CEO do Inovebanco, Patrick Burnett.

O diretor-executivo da ABFintechs, Diego Perez, explica que as empresas que irão operar o PIX precisam oferecer tecnologia compatível com níveis de segurança exigidos pelo Banco Central. “As empresas estão sim preocupadas com a questão de fraudes. No entanto, existem diretivas do Banco Central para coibir que as fraudes aconteçam e existem mecanismos para rastrear operações fraudulentas”, pontuou.

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