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Publicado em 06/10/2015

Pequenas lideram os pedidos de falência e de recuperação judicial (Diário do Comércio - SP)

Levantamentos de dois birôs de crédito mostram que as pequenas empresas são as que mais estão arcando com as consequências da recessão econômica. 

Fatores como a alta do dólar, das taxas de juros e o aprofundamento da recessão têm impactado a solvência financeira das empresas, tanto por questões de custos quanto pela queda na geração de caixa.

Segundo dados do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, a categoria mais afetada é a das micro e pequenas empresas, que chegaram a setembro com um total de 466 requerimentos de recuperação judicial. As médias registraram 277 pedidos de recuperação, e as grandes empresas, 170.

Em setembro, o número de pedidos de recuperação judicial registrados no país aumentou 5,8% em relação a agosto. O levantamento da Serasa mostra ainda alta de 44,7% entre janeiro e setembro, ante igual período de 2014. 

Nesse ano, o total de ocorrências chegou a 913, contra 631 nos nove primeiros meses do ano passado. Esse é o maior número de pedidos registrados no período desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (junho de 2005).

LEIA MAIS: A vida real das empresas em um país de futuro incerto

Em relação às falências, houve aumento de 5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. Foram 1.326 pedidos, contra 1.263 de igual período de 2014. 

Por outro lado, os dados do mês de setembro apontaram queda de 8,1% em relação ao mês anterior. Foram 170 falências solicitadas, contra 185 registradas em agosto.

MPEs AINDA NA FRENTE

O levantamento da Boa Vista, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), mostra que tanto nos pedidos de recuperação judicial, quanto nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas também correspondem ao maior percentual, 90% e 89%, respectivamente.

Quando se trata de pedidos de falências, os das pequenas empresas representam 85% do total. Já as falências decretadas, 92%.  

Na divisão por setor da economia, serviços representou mais casos nos pedidos de falência (41%), seguido do setor industrial (34%) e do comércio (25%). 

Pela análise da Boa Vista, serviços ganhou representatividade pois o comércio passou a concentrar apenas 25% dos casos, frente aos 26% dos pedidos acumulados até o último trimestre. 

De forma geral, os pedidos de falência registraram alta de 13,6% no acumulado de janeiro a setembro de 2015, ante igual período de 2014, segundo dados com abrangência nacional.

Em setembro de 2015, o número de pedidos de falências aumentou 9% na comparação com o mês anterior, e ficou 9,6% maior em relação a setembro de 2014.

No acumulado dos três trimestres do ano, as falências decretadas subiram 22,6% em relação ao período equivalente do ano anterior.

Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas, no acumulado do ano, também seguiram tendência de alta, registrando 42,1% e 41,7%, respectivamente. 

De acordo com a Boa Vista SCPC, a fraca atividade econômica dificulta a geração de caixa pelas empresas, que convivem com elevados custos.

Já os empréstimos para o capital de giro, que estão mais restritos, e com taxas de juros maiores, levam à piora os indicadores de solvência. 

Sem perspectiva de reversão no curto prazo, a expectativa da Boa Vista SCPC é que a tendência dos indicadores de falências se mantenha, e encerre o ano em patamares superiores aos observados em 2014.

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