Pedidos de RJ dobram em um ano entre as MPEs. Curso do SINFAC-SP orienta empresários do fomento sobre como proceder nesse cenário.

Em agosto, foram registrados 238 pedidos de Recuperações Judiciais, aumento de 76,3% em comparação com o mesmo mês de 2023, apontam dados da Serasa Experian. Este é o segundo maior número no ranking da série histórica, iniciada em 2005. As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 65% dos requerimentos de agosto, liderado pelo setor de serviços. Desde janeiro, já foram registrados mais de 1.480 pedidos de RJ no país. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, atribui esse cenário à combinação de alguns fatores como a crescente inadimplência dos consumidores, a dificuldade no acesso ao crédito pelas MPEs, a elevação dos juros e a redução do poder de compra dos consumidores. “Esses fatores combinados criam um ambiente desafiador, levando muitas companhias a buscarem a recuperação judicial como forma de reestruturar suas dívidas e continuar operando”, explica Rabi que, em julho, já havia feito esse alerta no XII Encontro Regional do Fomento Comercial, realizado pelo SINFAC-SP e pela ABRAFESC em palestra disponível nesse link.

RJ: impactos no fomento comercial

Empresários do fomento comercial devem acompanhar com atenção esse cenário. O SINFAC-SP, inclusive, lançou um curso destinado aos profissionais do setor que, frequentemente, lidam com empresas em recuperação judicial. Na aula online, o consultor jurídico Alexandre Fuchs das Neves detalha os principais sinais que o cedente manifesta de que pode ingressar com uma recuperação judicial, como arrolar recebíveis no plano da empresa e usar a perícia prévia para a prova da performance dos títulos. As inscrições para o curso de ensino à distância podem ser feitas aqui.

Veja, abaixo, o gráfico do Serasa Experian com as informações dos últimos 12 meses e a tabela com dados da visão por portes:

Na visão por setores, “Serviços” foi responsável pelo maior volume das requisições, com “Comércio” em segundo lugar e, em sequência, os setores “Primário” e “Indústria”. Confira a seguir os números detalhados por porte e segmento: