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Publicado em 18/08/2020

Pandemia afetou negativamente 44,8% das empresas na 1ª quinzena de julho, diz IBGE (Valor Econômico)

A pandemia de covid-19 afetou 1,25 milhão de empresas, ou 44,8% dos 2,8 milhões de empresas em funcionamento na primeira quinzena de julho, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de sua pesquisa Pulso Empresa, que mede os impactos da crise sobre empresas não financeiras a cada 15 dias.

De acordo com o IBGE, 28,2% do total de empresas ainda abertas informaram que o efeito da pandemia foi pequeno ou inexistente e, 27,0%, que o efeito foi positivo.

As empresas do setor de serviços foram as que mais sentiram impactos negativos (47,0%), com destaque para o segmento de Serviços prestados às famílias (55,5%). No comércio, 44,0% relataram efeitos negativos e, na Construção, 38,0%. Na indústria, 42,9% das empresas destacaram impacto negativo.

A queda nas vendas ou serviços comercializados devido foi sentida por 46,8% das empresas, enquanto 26,9% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 26,1% relataram aumento de vendas.

O impacto sobre o volume comercializado é inversamente proporcional ao tamanho das empresas, sendo sentido por 46,9% das companhias de pequeno porte, 40,7% das intermediárias e 31,9% das de grande porte.

Segundo o IBGE, cerca de 380 mil empresas, ou 13,5% dos 2,8 milhões de negócios em funcionamento no Brasil, demitiram pessoal na primeira quinzena de julho.

A maior parte dessas empresas que realizaram cortes, 70,8%, diminuíram em até 25% seu pessoal. O IBGE destacou que, independentemente do porte, atividade ou região, predominaram os cortes de até 1/4 da força de trabalho.

Por outro lado, oito em cada dez empresas em funcionamento, 80,7% ou 2,2 milhões de negócios, conseguiram manter o número de funcionários na passagem da segunda quinzena de junho para a primeira de julho. Parcela menor, 5,3%, ainda conseguiu aumentar o número de empregados

O comércio de veículos, peças e motocicletas foi o que mais viu empresas demitirem (18,3%). Até meados de julho, o número de concessionárias e lojas de autopeças que demitiram se manteve em linha com o detectado pelo IBGE nos últimos quinze dias de junho, superando serviços às famílias, até então o segmento com o maior número de empresas realizando cortes.

Esses serviços, que incluem hospedagem, bares e restaurantes, salões de beleza e academias de ginástica, entre outros, viu somente 11,4% de seus negócios reduzirem o número de funcionários, ante 27% registrado anteriormente.

Depois do comércio automotivo, as empresas que mais optaram por demitir foram as que prestam serviços profissionais e administrativos (15,6%), seguida de transportes (14,7%).

Na construção, que teve 12,3% das empresas promovendo demissões nos primeiros quinze dias de julho, também foi o setor no qual mais empresas contrataram no período (10,1%). Na indústria, onde 14,2% das empresas demitiram no período analisado, enquanto 6,6% contrataram.

Outra dificuldade mensurada pela Pulso Empresa é a dificuldade em realizar pagamentos de rotina. Cerca de 47,4% das empresas em funcionamento enfrentaram esse problema na primeira quinzena de julho, enquanto 46,3% disseram não ter havido alteração significativa nesse quesito.

O número de empresas que dizem ter sido apoiadas pelo governo durante a pandemia caiu na passagem da segunda quinzena de junho para a primeira de julho, segundo o IBGE. 974,4 mil negócios ou 34,8% do total em funcionamento teriam recebido ajuda estatal, enquanto no período imediatamente anterior essa proporção era de 39,2%.

Entre as 1,05 milhão de empresas (37,6%) que adiaram o pagamento de impostos, 65,4% informaram ter contado com apoio do governo para tomar a decisão. Já entre as 358,4 mil empresas (12,8%) que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial, 80,6% se disseram ajudadas pelo governo

Esse suporte estatal, informou o IBGE, foi sempre mais frequente entre empresas de grande porte, com 500 ou mais funcionários.

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