Fintech negocia com bancos crédito para PMEs com prazo de até 240 meses (DCI)

Com o intuito de melhorar a captação de crédito a longo prazo para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a CaptaMoney criou uma plataforma para intermediar esse tipo de operação entre algumas instituições financeiras e os empresários.

Por meio de uma plataforma on-line, os interessados têm a oportunidade de solicitar empréstimos, com prazo de até 240 meses para a liquidação. O portal da CaptaMoney está em funcionamento desde janeiro deste ano.

Para monetizar, a startup cobra de 1% a 5% do valor de entrada recebido pelo banco. A empresa nascente pretende atingir R$ 1,2 milhão de faturamento até o fim deste ano.

Segundo o professor de finanças Marcos Piellusch, do Laboratório de Finanças e do Programa de Administração do Varejo (Labfin/Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), o trabalho da startup pode, realmente, contribuir para as PMEs. Isso porque os empresários enfrentam muita dificuldade para contratar crédito com as instituições financeiras, principalmente nos primeiros meses de vida dos negócios. "No Brasil, os créditos mais realizados pelos bancos são de curto prazo, cerca de um a dois anos", destaca.

Segundo a fundadora da empresa, Wolmara Gomes, a ideia surgiu após apresentar o seu trabalho de conclusão de curso de graduação, em 2015. No ano seguinte, foi finalista do programa de pré-aceleração Lemonade. Posteriormente, participou do programa de aceleração TechMall.

Para a fundadora, essa "ponte" entre pequenas e médias empresas com os bancos é a melhor maneira para os empresários contratarem crédito para pagamento em longo prazo. Wolmara explica que a plataforma conta com uma equipe de especialistas em finanças, que são responsáveis pelas negociações com os bancos.

A startup mantém parceria com sete instituições financeiras, como o Banco Minas Gerais (BMG), a Caixa Federal Econômica e o Banco do Brasil (BB). Atualmente, a CaptaMoney conta com 13 clientes.

"Essas empresas vem até nós, com seus modelos de negócios, e mandamos para as instituições financeiras que temos parceria. Cada instituição, ao analisar a empresa, faz uma proposta de crédito a longo prazo, e cabe à empresa escolher a proposta", descreve Wolmara.

Apesar de já estar em funcionamento, próxima de consolidar faturamento de R$ 125 mil no primeiro semestre, a fintech não está completamente pronta. Ainda falta uma adaptação do sistema para que a negociação entre os especialistas da empresa e os bancos seja realizada por meio on-line. Por ora, essas discussões são presenciais.