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Publicado em
15/05/2018
Desmistificar os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, mostrando com a máxima clareza as possibilidades oferecidas por eles para quem trabalha com a aquisição de recebíveis. Esse foi o objetivo de João Peixoto Neto, ao apresentar no Sindicato, na última quinta-feira (10/05), a palestra “Oportunidades em FIDC para Empresários de Factoring”.
Segundo ele, os principais mitos ainda vigentes neste campo incluem os de que os fundos são caros, burocráticos, difíceis e requerem taxas mais baixas.
“Na verdade, eles são simples, dinâmicos, bastante informatizados. Para quem tem a operação bem feita, redondinha, é o negócio perfeito”, disse o palestrante, apoiado na experiência acumulada na área desde o seu início, há 17 anos.
A coexistência entre factoring ou securitizadora e até mesmo vários FIDCs reunidos numa única empresa é tranquila na avaliação de Peixoto, devendo-se ter sempre em mente a necessidade de uma maior formalização, do contrato à operação em si.
“Se o empresário não for tão organizado e rigoroso em relação a compliance, regras e normas, deixando de checar o lastro das duplicatas adquiridas, por exemplo, certamente terá dificuldade nessa migração”, analisou.
Isso não impede, porém, a rápida disseminação da modalidade, sendo estimada hoje a existência de pelo menos 300 FIDCs criados dentro de empresas do fomento comercial, um número para o qual ele prevê crescimento.
Os motivos para tal perspectiva são muitos, a partir da menor carga tributária, passando também por aspectos como a alavancagem mediante a captação de recursos, tudo sempre com muita transparência.
A concretização desse quadro positivo depende apenas da segurança jurídica, sem a ocorrência de mudanças bruscas na legislação, “um risco, infelizmente, sempre presente em todas as atividades desenvolvidas em nosso país”, ponderou o consultor.
Sondando o terreno
Em vias de formar seu primeiro fundo, a paulistana Abax Securitizadora foi representada no evento pelo sócio-diretor, Antonio Baroni.
“Fazemos parte de um grupo onde já há alguns FIDCs e nós estamos nos preparando para também ter o nosso”, disse ele, afirmando que o aspecto organização, bastante ressaltado na palestra, encontra-se em dia na sua empresa.
A Mariotoni Factoring Fomento Mercantil, de Itapira, a 173 quilômetros da Capital, na divisa com a região sul de Minas Gerais, tem pretensões semelhantes, conforme explica a sócia da empresa, Rogéria Mariotoni.
“Queremos complementar a nossa atividade e pensamos no FIDC em função de aspectos como a menor carga tributária incidente. Sem falar que alguns clientes acostumados a operar com empresas do gênero têm nos cobrado nesse sentido”, explicou a empresária.
A exemplo de Baroni, Rogéria saiu do Sindicato bastante satisfeita com o conteúdo apresentado, pois certamente ele deve ser muito útil na estruturação necessária para o início da nova fase.
Fonte: Reperkut