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Publicado em 14/02/2019

Criptomoeda chega a mercado derivativo (Valor Econômico)

Desesperados para sobreviver ao colapso de seu mercado, os investidores de criptomoedas estão recorrendo ao kit de ferramentas financeiras para levantar dinheiro à moda antiga. Eles começaram a vender derivativos vinculados a "tokens" digitais para extrair algo de seus ativos depreciados.

Sua necessidade é tão aguda que empreendimentos administrados principalmente por desenvolvedores de software e especialistas em tecnologia estão negociando as condições com profissionais da área financeira que ganharam fama em Wall Street.

É o custo de sobreviver ao que ficou conhecido como o "inverno das criptomoedas", uma reviravolta impressionante da febre que levou o bitcoin a subir 1.400% em 2017. O token mais valioso caiu cerca de 80% em relação ao pico. Para o outro lado da transação, é uma maneira barata de apostar em uma recuperação.

"Qualquer um que tenha uma pilha de tokens percebeu no 'bear market' [mercado baixista] de 2018 que seus negócios estão à mercê dos preços das criptomoedas", disse Sam Bankman-Fried, CEO da Alameda Research, uma empresa de trading quantitativo de ativos digitais em São Francisco. "Ter algum dinheiro vivo pode ser crucial para a sobrevivência desses nomes se os preços dos ativos digitais caírem."

Os mineiros, que produzem novas moedas e verificam as transações, e também as empresas que captaram recursos no "boom" das ofertas iniciais de moedas, em 2017, estão tendo que recorrer à criatividade para continuar operando. Eles estão entre os principais vendedores de derivativos similares a opções de compra cobertas. A negociação de opções também foi impulsionada por um grupo crescente de ex-profissionais de Wall Street que tinham trocado os ativos tradicionais pelas criptomoedas. Entre os principais nomes estão a QCP Capital e a Akuna Capital, empresas com ex-funcionários de fundos hedge e firmas de trading de alta frequência.

Os futuros de bitcoin, que foram introduzidos no final de 2017, são negociados em mercados administrados por empresas reguladas, como o CME Group, mas a maioria das transações de opções, que começaram a surgir há cerca de seis meses, são contratos bilaterais privados. Por isso, é difícil encontrar dados estatísticos oficiais.

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