FECHAR

Imprimir
Publicado em 27/08/2019

Credenciadoras de estabelecimentos projetam crescimento maior em MPE (DCI)

A indústria de adquirência de cartões voltada para micro e pequenas empresas (MPEs) deve crescer até 40% em 2019. O movimento virá impulsionado pela maior competição no setor e pelo surgimento de produtos cada vez mais digitais e específicos ao segmento.

As últimas projeções da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) são de que o mercado de meios de pagamento apresente um crescimento de 16% neste ano.

De acordo com o vice-presidente da Cielo, Mario Casasanta, porém, na abertura das modalidades, a expectativa de alta para o mercado de pequenos negócios fica entre 35% e 40% em 2019.

“O segmento está bem aquecido e a nossa perspectiva é de que esse seja um movimento que continue até o final do ano. Todo o momento surgem muitas novidades voltadas para essas pequenas empresas, principalmente porque todos os componentes [do mercado] buscam conquistar esse cliente. Isso também tem demandando uma adequação do portfólio às necessidades desse público, em termos de tecnologia, dinamicidade e mobilidade”, avalia o executivo.

Já para o presidente da Stone, Augusto Lins, grande parte desse crescimento também responde pelo maior uso do cartão de crédito por parte dos consumidores. Ainda conforme os últimos dados da Abecs todas as modalidades do plástico apontaram crescimentos significativos.

O valor transacionado com cartão de crédito, por exemplo, ficou em R$ 90,726 bilhões em março deste ano, aumento de 16,7% em relação ao observado em igual mês de 2018 (R$ 77,768 bilhões).

No débito, o avanço foi de 12,9%, de R$ 46,015 bilhões para R$ 51,949 bilhões na mesma relação. Já o montante transacionado nos cartões pré-pagos em março (principalmente pela base baixa) teve alta de 63,7%, de R$ 749 milhões para R$ 1,226 bilhão.

O valor total transacionado por brasileiros no primeiro trimestre foi de R$ 503,5 bilhões. “Há uma tendência cada vez maior de adoção dos meios de pagamento eletrônicos, mas é uma dinâmica que avança de forma gradativa”, opina Lins.

Ele reforça que todo o avanço observado no mercado já pressiona por um maior “reforço e especialização em alguns ramos e serviços complementares”, mas ainda há muito potencial de expansão.

“Tem todo um processo de autoconvencimento dos empreendedores, locais que ainda estão se adaptando e pessoas que ainda não possuem cartão. Mas é um crescimento que acontecerá por mais um tempo”, complementa o executivo.

Da mesma forma que a demanda dos MPEs avança, porém, o mercado também sente a pressão dos novos entrantes por reduções de taxas.

Uma pesquisa realizada pelo FintechLab em junho último, por exemplo, registrou 529 fintechs, uma alta de 30,9% em comparação ao levantamento feito em agosto de 2018, que continha 404 iniciativas. Desse total de 529 empresas, 29% (151) correspondem por startups financeiras voltadas para meios de pagamento.

Para o diretor da Rede, Rodrigo Carneiro, essa pressão por queda nas taxas das adquirentes já tem acontecido e trazido, inclusive, uma nova dinâmica de concorrência.

“Haverá não só aumento de demanda para esse mercado, mas de expectativa por uma melhor experiência do cliente com produtos e serviços, por caminhos que levem a uma economia mais colaborativa, por novos paradigmas digitais e soluções mais sofisticadas entre os meios de pagamento eletrônicos”, acrescenta.

Para os próximos meses, o vice-presidente da Cielo também pondera algumas medidas do governo que devem impulsionar a economia e, consequentemente, uma maior demanda pelo setor.

“A aprovação da [reforma da] Previdência, por exemplo, além da aprovação da MP [Medida Provisória] da Liberdade Econômica e da liberação do FGTS vão impulsionar a economia e trazem perspectivas positivas para o setor ao longo dos próximos meses. A tendência é de crescimento”, completa Casasanta.

Produtos específicos

Ao passo em que o mercado já demonstra taxas menores cobradas sobre cada transação (as chamadas MDRs), os executivos entrevistados pelo DCI também reiteram a necessidade de produtos mais adequados, voltados especificamente para cada setor da economia.

“Veremos a evolução desse mercado com soluções mais segmentadas e adequadas aos MPEs, com soluções que se conectem e tragam a conciliação de tudo o que esses clientes precisam”, analisa Lins.

“Somado ao aumento do uso do cartão e à adaptação de cada vez mais setores aos meios eletrônicos de pagamento, o processo é de crescimento e as expectativas, cada vez mais otimistas”, conclui o presidente da Stone.

 

Video institucional

Cursos EAD

Fotos dos Eventos

Sobre o Sinfac-SP

O SINFAC-SP está localizado na
Rua Libero Badaró, 425 conj. 183, Centro, São Paulo, SP.
Atendemos de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.