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Publicado em 14/03/2019

Comércio e serviços fecharam 6,6 mil vagas no Estado de SP em janeiro (Valor Econômico)

O emprego formal no varejo e nos serviços do Estado de São Paulo começou o ano no vermelho. Segundo levantamento feito pela FecomercioSP com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), juntos, comércio varejista, atacadista e serviços eliminaram 6,6 mil vagas celetistas em janeiro. Em igual mês de 2018, o saldo entre admissões e demissões nos três setores ficou praticamente estável, com perda de 84 postos.

“Por mais que haja piora no desempenho mensal do mês de janeiro nos três setores avaliados, em relação aos registrados no mesmo período de 2018, não se observa algo preocupante a ponto de frear o processo de recuperação das vagas perdidas nos piores momentos da crise, em 2015 e 2016”, aponta a entidade, em análise divulgada nesta segunda-feira (11).

Na soma dos três ramos de atividade, foram 286.154 admitidos e 292.771 desligamentos no primeiro mês de 2019. Em termos de estoque, o agregado responde por pouco mais de 10 milhões de empregos com carteira na economia paulista. “Os movimentos da mão de obra no varejo, atacado e serviços foram resultados de sazonalidades bastante conhecidas”, aponta a Fecomercio.

Varejo

O destaque negativo na abertura do ano foi o varejo, que cortou 22.867 vagas com carteira no período, pior resultado desde janeiro de 2015 (-26.698 postos). De acordo com a entidade, 80% da perda de empregos ficou a cargo das lojas de supermercados, vestuário, tecido e calçados.

“No comércio houve a dispensa de trabalhadores contratados temporariamente para o Natal, principalmente nos ramos de alimentos e bebidas”, comenta a entidade. A equipe econômica observa, ainda, que o varejo fechou mais vagas agora também porque contratou mais temporários para o Natal do ano passado do que para o de 2017.

Serviços e atacado

Nos serviços, o saldo entre contratações e dispensas foi positivo no Estado em janeiro, com abertura de 16.289 postos de trabalho. O início do ano letivo incentivou as admissões no setor educacional, que gerou 6.146 vagas, aponta a entidade.

Por fim, o comércio atacadista praticamente não registrou movimentações no período, ao eliminar 39 empregos com carteira.

A partir da edição atual da pesquisa, a Fecomercio passou também a divulgar o saldo de vagas celetistas das novas modalidades criadas com a reforma trabalhista. Em janeiro, apenas 525 postos intermitentes foram criados em todo o Estado, de acordo com a entidade, resultado de 1.994 admissões e 1.469 desligamentos.

No contrato intermitente, o trabalhador é admitido por tempo indeterminado e sem definição da jornada de trabalho. Assim, pode ser convocado em caso de necessidade, com até três dias de antecedência, e recebe pelo tempo efetivamente trabalhado. O setor que mais fez uso desse tipo de mão de obra em janeiro foi o de serviços, observa a FecomercioSP, que criou 318 empregos nessa modalidade em São Paulo.

Já o contrato parcial, que já existia, mas foi regulamentado pela reforma, teve geração inexpressiva no agregado dos três setores no primeiro mês de 2019, com somente 67 vagas abertas. Após a reforma, o teto permitido de horas trabalhadas nesta modalidade aumentou de 25 para 30 horas semanais, sem possibilidade de horas adicionais, ou até 26 horas, podendo ter acréscimo de outras seis horas. 

Do lado das demissões, o desligamento por acordo, outra novidade trazida pela flexibilização das leis trabalhistas, foi responsável por 4.358 dispensas no comércio e nos serviços em janeiro na economia paulista, apenas 1,5% do total. Pelas novas regras, o empregador pode pagar 20% da multa rescisória sobre o saldo de FGTS — metade dos 40% exigidos anteriormente — e o trabalhador pode sacar até 80% dos recursos, mas fica sem direito ao seguro-desemprego.

Para a federação, as jornadas implementadas após a reforma ajustam a presença do trabalhador aos momentos de maior demanda dos clientes, como em determinados dias ou períodos. “Isso inibe custos e eleva a produtividade da mão de obra. E agora de forma mais segura juridicamente”, afirma a Fecomercio.

A entidade prevê que haverá “bons saldos positivos” no comércio varejista, atacadista e nos serviços este ano em São Paulo, com continuidade da reposição de vagas perdidas durante a recessão. Para isso, o setor dependeria de um crescimento econômico mais acelerado, pondera a FecomercioSP.

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