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Publicado em 09/05/2019

Bancos mudam suas agências físicas para modelo de consultoria a clientes

Os bancos diminuíram o fechamento de agências físicas e tendem a transformar os pontos remanescentes em locais de consultorias de crédito e investimentos para seus clientes. A ação vem em conjunto com o advento do mobile (via celular) e do internet banking.

O movimento foi mapeado e exposto ontem, pela mais recente pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. O levantamento é realizado todo ano em conjunto da Federação Brasileira de Bancos em conjunto com a consultoria Deloitte Touche Tohmatsu.

Segundo o estudo, o número total de agências tradicionais no Brasil reduziu 0,9% em 2018 contra o ano anterior, de 21,8 mil para 21,6 mil. O montante é uma desaceleração em relação à queda de 6,8%, observada na comparação de 2017 contra 2016 (23,4 mil agências).

Só no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, os três maiores bancos privados do País (Bradesco, Itaú e Santander) somaram 11,9 mil agências, 100 a mais do que o observado em iguais três meses de 2018 (11,8 mil).

De acordo com o diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, Gustavo Fosse, o movimento vem principalmente como um reflexo da evolução da tecnologia, da legislação e dos investimentos dos bancos em Tecnologia da Informação (TI) nos últimos anos. “Os clientes deixam de buscar apenas transações financeiras e consulta nos canais digitais para demandar também operações mais estruturadas. É uma evolução natural das transações. Por isso, há um aumento na contratação de crédito e investimentos nas agências físicas, que passam a ser um lugar de consultoria para essas operações”, avalia Fosse.

Ainda segundo o estudo, cerca de 2,462 bilhões de pagamentos de contas e transferência foram registrados pelo mobile banking em 2018. O montante, não somente supera pela primeira vez o total de transações observadas no internet banking, como é 21% maior (contra 2,034 bilhões).

Somente nas transações feitas pelo aplicativo, o avanço em pagamentos de contas e transferências foi de 94,4% em 2018 contra 2017 quando registrou 1,266 bilhão de transações. No internet banking, a alta foi de 2,5% na mesma base de comparação (registrava 1,985 bilhão em 2017).

O movimento de maior uso dos canais digitais, por outro lado, não se traduz em uma redução de funcionários. Os três maiores bancos privados, juntos, contrataram 983 novos colaboradores no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2018.

“Isso explica também o motivo de 80% dos bancos priorizarem investimentos nos canais mobile e 87% em internet banking. Além disso, há um crescimento de 25 vezes no número de interações em chat bot e de quase 4 vezes no web chat. A tendência de selfservice no sistema financeiro aparece cada vez mais forte”, diz.

“A adoção e investimentos em novas tecnologias reflete a preferência do usuário final e com certeza vai aumentar”, conclui o sócio-líder da indústria de serviços financeiros da Deloitte, Sérgio Biagini.

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