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Publicado em 05/11/2015

Bancos buscam soluções para demanda tecnológica (DCI)

A disparada tecnológica, a busca cada vez mais intensa por agilidade e simplicidade, e a chegada à maturidade da geração Z, composta por jovens que não conheceram o mundo sem Internet, demandam adaptações do setor financeiro às necessidades de uma nova era.

Agências físicas e a figura do gerente são componentes estranhos para essas pessoas nascida depois de 1995 e cada vez mais distantes das demais gerações. Uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra, que no final de 2014, 52% das transações bancárias eram feitas pela Internet ou por dispositivos móveis, contra 36% em 2010.

Notando as mudanças no perfil dos usuários, os grandes bancos já estão se movimentando para se alinhar às necessidades. Algumas facilidades, como o pagamento de contas através da leitura do código de barras pela câmera do celular e empréstimo pessoal com limite pré-aprovado, estão presentes nos aplicativos para smartphone da maioria dos agentes. A corrida, portanto, é por inovações que tragam algum diferencial para o cliente.

Em março deste ano o Banco do Brasil, em parceria com a Visa, lançou um aplicativo de pagamento por aproximação. A solução permite que o cliente cadastre um cartão no celular, criando uma numeração virtual diferente do plástico físico, e faça o pagamento ao aproximar o dispositivo das máquinas de cartões.

\"No Banco do Brasil, essas compras já representam um percentual relevante do volume total faturado pelo banco no mercado de cartões\", afirmou Raul Moreira, vice-presidente de negócios do BB.

Na mesma linha, a MasterCard lançou no País, no final do mês passado, tecnologia de tokenização que irá permitir que qualquer emissor (bancos, em sua maioria) possam formatar cartões virtuais para pagamento por aproximação.

Um dos diferenciais que a bandeira busca é na autenticação - processo realizado após a aproximação, que confirma que o usuário é o dono do cartão. \"Além de autenticação por senha e digital, o processo poderá ser feito por selfie, batimento cardíaco e íris\", afirmou Marcelo Theodoro, diretor sênior de Produtos Digitais da MasterCard Brasil.

Segundo Massimo Campodonico, superintendente executivo de Canais do Santander, atualmente, o banco está desenvolvendo uma solução para que os clientes possam abrir contas sem precisar se dirigir a uma agência. A solução deve ser lançada no ano que vem.

\"Existe mais de um celular por pessoa no Brasil e mais da metade dos dispositivos são smartphones. É um caminho sem volta. A nossa função é deixar o cliente mais confortável ao se relacionar com o banco\", afirmou o executivo.

Uma das soluções em que o Bradesco foi pioneiro, por sua vez, foi o depósito de cheques via celular - de acordo com o banco, entre outubro de 2014 à outubro de 2015 foram R$ 30 milhões depositados através do canal digital.

Empréstimos

Muitas das inovações, contudo, estão nascendo paralelamente ao mercado financeiro tradicional. A Lendico, plataforma que atualmente realiza empréstimo pessoal on-line com taxa menor, está desenvolvendo uma solução que irá permitir que as pessoas emprestem dinheiro entre elas.

\"O cliente vai solicitar um empréstimo. Essa solicitação, após análise de crédito pela Lendico, será colocada no site e o investidor que estiver interessado na taxa de retorno poderá fornecer o dinheiro\", explicou Marcelo Ciampolini, CEO da empresa.

Hoje, a Lendico atua como correspondente do banco BMG, através de um sistema de análise de risco próprio - apenas 5% dos empréstimos solicitados no site foram aprovados. A empresa já intermediou R$ 440 milhões em pedidos. \"O nosso diferencial é que todo o processo é feito de forma digital, inclusive o envio de documentos, que pode ser escaneado ou através de uma foto de celular\", disse o CEO.

Pedro Garcia

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