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Publicado em 09/01/2020

A "fintechização" do mundo (StartSe)

Há três anos ouvi uma frase do Cristiano Kruel, meu sócio na StartSe, que me chamou muito a atenção: “a disputa nos mercados agora é transversal e assimétrica”. Ele não poderia ter sido mais feliz nessa colocação.

Até pouco tempo banco só concorria com banco e empresa de motoboy só concorria com empresa de motoboy. Mas agora a regra do jogo é outra. Todo mundo concorre com todo mundo!

Na definição de Kruel, a concorrência transversal acontece porque ela não se limita mais a um determinado mercado. O Rappi é uma empresa de motoboy que concorre com bancos, já que oferece cartão de crédito, sistema de pagamentos e digital wallet.

Na definição de Kruel, a concorrência é transversal porque ela não se limita mais a um determinado mercado. O Rappi é uma empresa de motoboy que concorre com bancos, já que oferece cartão de crédito, sistema de pagamentos e digital wallet.

A concorrência assimétrica se dá porque o pequenininho agora consegue concorrer com o grandão. Davi e Golias deixam de ser rivais de proporções e força distintas quando o Nubank concorre com o Itaú. Quando o iFood incomoda o McDonald’s.

Nesse novo jogo, nada se tornou mais transversal do que os serviços financeiros. As fintechs se proliferaram rapidamente e mesmo quem nunca pensou em ser fintech quer ser uma.

Das pequenas às gigantes, o processo de "fintechização" parece estar longe do fim. A Apple lançou seu próprio cartão de crédito e passou a oferecer pagamentos parcelados nos EUA. Dá pra comprar um iPhone por lá em 24 vezes e ainda receber 3% do dinheiro de volta.

O Magazine Luiza, um dos maiores cases de sucesso de varejo no mundo, está prestes a lançar o Magalu Pay, que vai oferecer pagamento via QR Code, transferência P2P e diversas outras funções. Em resumo, vai processar suas próprias vendas, possivelmente eliminando os meios de pagamento tradicionais.

Esse mercado de pagamentos, aliás, foi completamente modificado pelas fintechs. A “guerra das maquininhas” foi impulsionada, dentre outras empresas, pelo PagSeguro, uma empresa do UOL, um portal de notícias.

Outra grande empresa que se aventurou como fintech foi a Starbucks. Ela já é o sistema de pagamentos móveis mais popular dos Estados Unidos e do ocidente, com 23,5 milhões de usuários.

Até pouco tempo banco só concorria com banco e empresa de motoboy só concorria com empresa de motoboy. Mas agora a regra do jogo é outra. Todo mundo concorre com todo mundo!

A 99, de táxis, também tem seu braço de fintech. Tem sua própria maquininha de pagamentos, tem seu próprio cartão de crédito e ao que parece vai passar a oferecer empréstimos para os motoristas cadastrados na plataforma.

A Totvs, gigante brasileira de softwares, também está entrando nessa onda. Mas eles preferem ser chamados de “techfin”, como disse o CEO da empresa em entrevista recente.

Como você percebeu, empresas de todos os setores, do Brasil e do mundo, entenderam que não precisam encaminhar seus clientes para fora dos seus domínios na hora de receber um pagamento. E que, ao fazer isso, podem explorar novas linhas de produtos financeiros como crédito, por exemplo.

O processo de fintechização do mundo segue a todo vapor e deve acelerar ainda mais, à medida que os super aplicativos chineses avançam para o ocidente. WeChat e Alipay têm juntos 2,5 bilhões de usuários.

A “fintechização” será o principal tema do Fintech Conference 2020, realizado pela StartSe. Esse é o maior evento de fintechs da América Latina e está na sua quinta edição.

E prepare-se: cedo ou tarde você será fintechizado! Sua conta bancária, seus empréstimos e seus boletos vão passar por um banco digital em breve.

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