OTIMISMO REALISTA

O ano termina de forma emblemática. A economia ficou no zero a zero no terceiro trimestre, segundo o IBGE, e certamente deveremos fechar o período com um crescimento econômico abaixo do esperado. Ainda assim é preciso frisar: poderia ter sido bem pior, caso não estivéssemos apoiados nos ganhos obtidos em 2010.

Tudo isso em meio à celebração do vigésimo aniversário do SINFAC-SP, que em 2011 mudou-se para a sua sede própria e incrementou ainda mais a presença efetiva ao lado dos associados, realizando uma série de eventos em São Paulo e no interior.

Em termos gerais, mesmo com as dificuldades que surgiram, o ano que finda nos ensinou algumas coisas interessantes: o País está mais blindado contra as crises financeiras e o governo finalmente parece estar começando a perceber o quanto é importante a simplificação tributária. Prova disso são as mudanças que vêm ocorrendo nos regimes contábeis das empresas para os próximos anos, além da fusão das informações do PIS e da COFINS, já em 2012.

Por fim, a indústria nacional também se depara com uma constatação inegável nesta virada de ano: terá de investir ainda mais na qualidade de produtos e serviços, visto o que nosso mercado já é cobiçado por fornecedores da Europa, quem diria.

Para o factoring, 2011 foi bom, pois nosso setor cresceu um pouco mais, calcado na maior confiança dos empresários sobre o seu papel de fomentadores da economia, num momento em que a escassez de crédito é responsável pela morte prematura de um número considerável de empresas.

Como muitos podem equivocadamente pensar, no factoring bad news are not good news. Ou seja, não regozijamos frente à escassez do crédito, pois isso contradiz o significado da palavra sucesso e é, em verdade, um grande impedimento ao desenvolvimento do Brasil.

Apesar do aprofundamento da crise financeira internacional, esperamos que 2012 seja melhor que 2011. Talvez não chegue aos resultados obtidos em 2010, mas certamente com  a continuidade dos investimentos principalmente em construção civil e infraestrutura causados pela Copa de 2014.

Portanto, esta última Palavra do Presidente do ano é de otimismo, com a esperança, inclusive, da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei específica para o nosso setor; da maior tomada de consciência por parte dos empresários do factoring quanto à importância de seu papel para o País; e da expansão dos negócios, com o aumento da confiança das empresas no segmento fomento mercantil que muito contribui para a manutenção e desenvolvimento das empresas.

Estas e outras tantas demandas, que não são apenas nossas, mas de toda a sociedade, devem ser objeto de uma busca constante, sem descanso, pelo desenvolvimento das potencialidades de cada um.

Aos nossos associados, diretores, colaboradores, entidades e empresas parceiras deixo aqui os mais sinceros votos de Feliz Natal e um Ano-Novo com muita saúde, paz, sucesso e, sobretudo, a interpretação realista que todo negócio – quanto mais um País – precisa ter sempre diante dos olhos.

Luiz Carlos Casante, presidente do SINFAC-SP