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Este método avalia a riqueza econômica da empresa, através dos benefícios de caixa agregados no seu futuro e descontados a certa taxa de atratividade, que norteia o custo de oportunidade dos provedores de capital.
Ou seja, é o valor estimado da empresa analisando fundamentos baseados em perspectivas de futuros faturamentos, incluindo o risco da atividade e do tempo envolvido e requerido nessa projeção.
Sendo assim, trata-se de uma projeção do que a empresa poderá produzir no futuro, agregando a esta a produção de descontos do tempo e seus riscos assumidos e seu resultado efetivo.
É uma metodologia que traz a valor presente, utilizando-se de uma taxa de desconto, composta por todos os custos de capital e riscos do negócio avaliado, medido pelo fluxo de caixa gerado no futuro, acrescido do seu valor atual, subtraindo o tempo e o risco com estimativas futuras.
Metodologia
São três os fatores principais:
Estimativa de fluxo de caixa:
Realizar a projeção do faturamento e dos custos em um determinado período, representando um projeto de negócios, contemplando as estimativas de lucros futuros que o negócio pode ter, sendo esta uma informação fundamental para investidores e financiadores.
Taxa de desconto:
Estabelecida nos riscos da atividade da empresa e pelo quanto ela gasta para adquirir o próprio capital. Estes valores podem variar em cada uma das empresas e em seu negócio e nos fatores internos existentes.
Valor residual:
É o cálculo do valor dos bens e negócios no fim da sua vida útil, estimando-se o seu valor de venda futuro e não o atual.
Estimados estes três itens citados acima é preciso se fazer o cálculo do valor da empresa.
Portanto, o fluxo de caixa descontado possui aplicações financeiras e comerciais, e suas informações são utilizadas por investidores antes de comprar uma empresa, sendo também uma grande ferramenta na tomada de decisões, quanto a um determinado investimento e avaliação do valor de uma organização (valuation).
Vantagens:
- Reduzir um investimento a um Valor Presente Líquido (VPL), sendo ele positivo, o investimento deverá gerar ganhos; se negativo, perdas.
- Permitir melhores escolhas entre investimentos distintos, com base no VPL.
- Visão para o futuro, referenciada em expectativas futuras e não nos resultados históricos, pouco influenciados por fatores externos voláteis.
Desvantagens:
- Baseado em projeções, gerando risco de erros.
Marco Antonio Granado é empresário contábil, contador, palestrante, escritor de artigos empresariais e consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Bacharel em direito, pós-graduado em direito tributário e processo tributário e mestrando em contabilidade, controladoria e finanças na FIPECAFI, é consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.
(Publicado em 04/06/2019)