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Publicado em 14/11/2017

Treinamento é diferencial competitivo para contratação (Valor Econômico)

O novo arcabouço jurídico da terceirização deve estimular a contratação de serviços mais especializados e com maior nível de know-how. "A ampliação da terceirização para qualquer atividade torna os processos mais complexos", diz Vander Morales, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt).

Segundo ele, a demanda por projetos que vão além de serviços commoditizados, como limpeza ou vigilância, vai exigir mais qualificação das empresas e dos trabalhadores de serviços terceirizados. A contratante também deve ter profissionais preparados em áreas como recursos humanos, compras e gestão.

"Normalmente a qualificação da prestadora é maior, mas é bom que a tomadora tenha um profissional capacitado para avaliar os resultados", diz João Diniz, presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), que congrega 60 associados do segmento.

Contratantes de grande porte já adotam o modelo e agora se dedicam a melhorias em contratos. O vice-presidente de gestão de gente do grupo GPA, Antonio Salvador, avalia que deve se acentuar a busca de terceirização por competência e que o modelo antigo, com foco em custo, não deve parar em pé. "Vamos buscar empresas que fazem algo com tecnologia melhor, mais barato e com mais performance".

A revisão de contratos inclui garantias para que os profissionais sejam expostos a determinado padrão de treinamento. O grupo tem 140 mil funcionários e cerca de 30 mil terceiros em áreas como limpeza, alimentação, TI, suporte, atendimento e manutenção, e criou um programa de reconhecimento para fornecedores de serviços com base em critérios como treinamento e capacitação, mensurados em indicadores de qualidade de serviço.

Internamente, o grupo toca programa de formação anual para gestores de loja que inclui temas como compliance, ética, diversidade e legislação trabalhista para abordar questões como a forma de conversar com colaboradores terceirizados e em que momento se dirigir ao líder da prestadora.

No Santander, o destaque é o papel da liderança. "O desafio do líder será criar conexão e engajamento com os profissionais que apresentem vínculo diferente com a organização", aponta a vice-presidente de recursos humanos Vanessa Lobato.

As prestadoras de serviço apostam na qualificação. André França, vice-presidente da Capgemini Brasil, observa que as grandes empresas de prestação de serviços de TI têm responsabilidade sobre o treinamento e desenvolvimento de seus funcionários. A empresa capacita até colaboradores de seus clientes, garante a transferência de conhecimentos e experiências e dispõe de carreira estruturada com desenvolvimento e capacitação em cada fase. "O mercado estará mais receptivo às empresas com compromisso de capacitar seus empregados", diz.

O diretor de RH da AeC, Warney de Araujo Silva, também acredita que o investimento em capacitação, aliado ao planejamento estratégico de médio prazo, colabora na retenção e de talentos na diferenciação das empresas.

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