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Publicado em
23/10/2018
Editada em 1988, a Circular nº 1.359, do Banco Central, foi relembrada na última sexta-feira (19/10), em São Paulo, após a penúltima reunião do ano do Conselho de Administração da Associação Nacional de Fomento Comercial (ANFAC).
Graças a esse dispositivo legal, o setor perdeu a conotação financeira, atribuída por outra circular, a de número 82. Isso lhe abriria caminho para o atendimento oferecido até hoje às pequenas e médias empresas, agora também por meio das securitizadoras de crédito e FIDCs.
“Essa reformulação requereu uma luta de seis anos, tendo em Luiz Lemos Leite seu grande batalhador”, recordou o jurista Ives Gandra da Silva Martins, que à época presidia o 1º Conselho de Ética da Associação, de onde acompanhou de perto todo esse processo.
Segundo ele, o novo enfoque dado à atividade auxiliou em muito o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, ao invés de reciclar o dinheiro do povo, como faz o sistema financeiro. “Abriu-se um leque enorme, uma diáspora extraordinária e a economia se fortaleceu”, afirmou.
Essa opinião é compartilhada pelo presidente do SINFAC-SP, Hamilton de Brito Junior (Credere Consultoria e Fomento Mercantil). “O setor ficou tão grande que o próprio Banco Central, quando há alguns anos foi cogitado de as factorings serem reguladas por ele, reconheceu não dispor de estrutura suficiente para tal”, observou.
Contudo, no entender do empresário, o melhor caminho não seria mesmo esse, mas sim o da autorregulamentação, o que na prática acabou conduzindo o setor ao seu sucesso atual.
Um êxito que Luiz Lemos Leite ilustra com o fato de, mesmo diante do longo período de incertezas atravessado pelo Brasil, a economia não sucumbiu por completo, justamente graças ao setor, no qual ele aponta como grande desafio do momento a entrada definitiva no mundo da desmaterialização, cenário onde aderir a plataformas digitais mostra-se indispensável.
Encerrando os trabalhos, Ives Gandra da Silva Martins brindou a todos com uma análise detalhada da atual campanha presidencial, comentando as estratégias adotadas pelos diferentes candidatos desde o início, e as perspectivas do país após o segundo turno das eleições, em 28 de outubro.
Dentre suas convicções, a inexistência de espaço para um possível golpe militar, cabendo a essa esfera do poder um papel exatamente contrário, que inclui a salvaguarda da Constituição.
Fonte: Reperkut