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Base estrutural da contabilidade, o plano de contas é formado por uma estrutura que supre a necessidade dos registros contábeis a serem realizados nas operações e em atos e fatos incorridos de uma entidade, organização ou empresa, durante um determinado período previamente definido, em consonância com a exigência de apuração das informações financeiras e econômicas.
A estrutura divide-se em quatro grupos, cada um deles com subdivisões, para maior detalhamento das contas e suas influências econômico-financeiras.
ATIVO
É o grupo que detém direitos e bens, como contas a receber, disponibilidades — caixa e conta bancária — e posses, como máquinas e veículos. Possui os seguintes subgrupos:
Circulante: são os bens que se movimentam, já convertidos em dinheiro ou que serão rapidamente, como recebíveis dentro do ano, caixa e conta bancária.
Não-circulante: abrange contas a receber no ano seguinte ao corrente.
Imobilizado: envolve os bens móveis e imóveis.
PASSIVO
Este grupo representa a parte de movimentações que diminui o patrimônio, como contas a pagar e impostos. Subdivide-se em:
Circulante: representa as obrigações a serem honradas dentro do exercício atual, geralmente impostos, salários e parcelas de compras operacionais ou não.
Não-circulante: essa subdivisão engloba apenas as contas provisionadas a serem pagas no ano seguinte.
Patrimônio líquido: não é uma subdivisão, mas uma conta em destaque. Apura o patrimônio da empresa e é alocada no passivo por ser uma obrigação dela para com os sócios.
Receitas e despesas
O terceiro grupo compreende os lançamentos de resultado, chamados assim por serem os que fazem todo o movimento da empresa — do grupo de resultados e também dos demais.
Receitas operacionais
Como o nome já diz, são as receitas geradas em atividade empresarial — vendas, industrialização e prestação de serviços, individual ou simultaneamente.
Receitas não operacionais
Nesse subgrupo encontram-se os ganhos adquiridos de outras formas, como em juros sobre crédito concedido ou venda de ativo imobilizado.
Despesas operacionais
São gastos relacionados à atividade do negócio, pois são necessários para mantê-lo, como custos com aquisições de insumos, administrativos e com vendas.
Despesas não operacionais
Ao contrário das operacionais, essas despesas não têm relação com a finalidade da organização — doações, donativos e patrocínio a eventos, por exemplo.
Este poderosíssimo instrumento é a base referencial para a classificação das informações contábeis, por meio do qual obtemos os tão famosos balancetes e balanços e suas respectivas demonstrações de resultados.
Importante: quanto mais detalhado e completo for o plano de contas, melhor será a qualidade das informações fornecidas ao empreendedor.
Marco Antonio Granado é empresário contábil, contador, bacharel em direito, pós-graduado em direito tributário e consultor tributário e contábil do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.